Nova visão, mesma concepção
Uma vez escrevi um texto criticando o modo de ensino de redação dos colégios. Nele eu dizia que o que aprendemos são formas de textos para vestibular. Não que eu estivesse de todo errado, apenas não conhecia a vida pós-colégio.
Hoje faço faculdade e percebo que aquelas formas persistem, mesmo a seleção já tendo ficado pra trás. Pode ser que não tão enformado, mas no mundo profissional, principalmente em um meio o qual a principal fonte de disseminação de idéias e conceitos seja o texto científico, não há um modo de acabarmos com as regras.
Porém isso não acaba com a culpa das escolas. As instituições de ensino bem que poderiam conciliar a forma com um aprendizado libertador e capacitante das mentes de autores desconhecidos e quem sabe até enterrados vivos, já que nunca usarão suas habilidades.
Neto
Tenho que assumir, no meu curso também é assim. Claro que deve sem bem menos que no seu já que faço humanas, mas é tão triste ter que escrever em linguagem totalmente positivista.
“principalmente em um meio o qual a principal fonte de disseminação de idéias e conceitos seja o texto científico”
Leia um bom jornal, revista, panfleto... Qualquer coisa, apenas respeite adjetivo citado: BOM!
Agora me diga onde se faz uso do enformamento vestibulês?
É claro que não se pode pautar um ensino visando os futuros jornalistas do Financial Times, mas pelo menos as avaliações poderia o fazer.
sonso!
;)
O blog é para comentários e criticas aos textos , opiniões e idéias, não aos autores!
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Neto
sou fã do seu texto anterior. Aproprie-me dele para mostrar o contrário do que você defendeu: a escola é fundamental, pois, mesmo que por caminhos tortos, ela foi condição essencial para que você pudesse fazer uma crítica tão competente a própria escola. Ao se utilizar dos instrumentos que ela lhe ofereceu para ir além dela, você a superou, mas certamente conseguiu fazer isso por ter incorporando o que ela lhe ofereceu de melhor. Alguns dão a esse movimento de superação por incorporação - o nome de movimento dialético. Seu texto é um belo exemplo disso.
Marta
Marta,
infelizmente, ao olhar para a maioria esmagadora não é isso o que observamos.
Talvez devêssemos dar mais importância às pesquisas furadas das vejas da vida, que, cada vez mais, tiram da escola o papel de responsável pela formação intelectual.